Aedes
aegypti : Ordem é atenção redobrada para evitar os criadouros do Aedes aegypti
Mosquito
que transmite dengue, zika vírus e as febres amarela e chikungunya precisa de
água limpa e parada para se proliferar
Hermom
Dourado
Foi-se o tempo em que a dengue era o grande motivo
de preocupação com o Aedes aegypti. Na última segunda-feira, 1º de
fevereiro, a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou estado de
emergência sanitária mundial por conta da ameaça do zika vírus, que também é
transmito por aquele mosquito. O principal motivo da medida é a provável
ligação entre o vírus e a microcefalia, doença em franca expansão no Brasil e
que pode provocar malformações congênitas nos fetos das gestantes picadas pelos
insetos infectados. Desde 2015, já são quase 3.500 os casos suspeitos e 300 os
confirmados em bebês brasileiros.
Para tentar conter a proliferação do Aedes,
desde janeiro o governo federal está mobilizando uma verdadeira força-tarefa
com a participação de agentes de combate às endemias, agentes comunitários
de saúde e de militares da Marinha, do Exército e da Força Aérea. A missão das
equipes é visitar todas as residências do país e reduzir o índice de infestação
pelo mosquito dos atuais 3% para menos de 1% em todos os municípios
brasileiros.
O descarte correto de resíduos, especialmente
materiais recicláveis como pneus e tudo o mais que possa armazenar água, é um
dos principais cuidados para se “cortar o mal pela raiz”, pois o Aedes
aegypti prolifera-se dentro ou nas proximidades de habitações, em
recipientes onde se acumula água limpa: vasos de plantas, pneus velhos,
cisternas.
Com relação às mulheres grávidas, o Ministério da
Saúde recomenda que se protejam da exposição ao mosquito, mantendo portas e
janelas fechadas ou teladas, usando calça e camisa de manga comprida, bem como
repelentes permitidos para gestantes. Vale lembrar que, além da dengue e do
zika vírus, o Aedes aegypti também pode transmitir as febres
chikungunya e amarela – para a qual existe vacina.
Confira, abaixo, dicas para a eliminação dos
criadouros:
- Mantenha a caixa d'água sempre fechada com tampa
adequada;
- Remova as folhas, galhos e tudo o que impeça a
água de correr pelas calhas;
- Não deixe água da chuva acumulada sobre a laje;
- Lave, semanalmente, por dentro, com escova e
sabão, os tanques usados para armazenar água;
- Mantenha bem tampados os tonéis e barris de água;
- Encha de areia, até a borda, os pratinhos dos
vasos de plantas;
- Troque a água e lave os vasos de plantas
aquáticas, principalmente por dentro, com escova, água e sabão pelo menos uma
vez por semana;
- Guarde latas garrafas sem tampa com a boca
voltada para baixo;
- Entregue pneus velhos ao Serviço de Limpeza
Urbana. Se quiser guardá-los, faça em local coberto e abrigado da chuva;
- Coloque o lixo em sacos plásticos e mantenha a
lixeira bem fechada;
- Não jogue lixo em terrenos baldios;
- Use telas protetoras para evitar que os mosquitos
entrem na casa;
- Cuidado com as piscinas, cuja água deve ser
tratada com cloro e outros desinfetantes, e cobertas com lona quando não
estiverem em uso;
- Jogue, quinzenalmente, desinfetante nos ralos
externos das edificações e nos internos pouco utilizados.
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