Thursday, May 19, 2016

RESUMO-O QUE É RESUMO?

RESUMO-O QUE É RESUMO?
RESUMO é uma apresentação sintética e seletiva das ideias de um texto, ressaltando a progressão e a articulação delas. Nele devem aparecer as principais ideias do autor do texto. Para que serve o RESUMO? O RESUMO deve responder a duas perguntas:
1) O que o autor pretende demonstrar?
2) De que trata o texto?
Portanto, devem constar em cada RESUMO:
1) O assunto do texto;
2) O objetivo do texto;
3) A articulação das ideias;
4) As conclusões do autor do texto que são objetos do resumo.

Por que resumir um texto? Qual a finalidade?
Resumir é o ato de ler, analisar e traçar em poucas linhas o que de fato é essencial e mais importante para o leitor. Quando reescrevemos um texto, internalizamos melhor o assunto e não nos esquecemos dele. Afinal, não aprendemos com um simples passar de olhos pelas letras! O fato de sintetizar um texto ou capítulos longos pode se tornar um ótimo hábito e auxiliá-lo muito em todas as disciplinas, pois estará atento às ideias principais e se lembrará dos pontos chaves do conteúdo.
Entretanto, resumir o texto em um número reduzido de linhas não parece ser fácil. A seguir estão alguns passos para se fazer um bom resumo e se dar bem:
a) Faça uma primeira leitura atenciosa do texto, a fim de saber o assunto geral dele;
b) Depois, leia o texto por parágrafos, sublinhando as palavras-chaves para serem a base do resumo;
c) Logo após, faça o resumo dos parágrafos, baseando-se nas palavras-chaves já destacadas anteriormente;
d) Releia o seu texto à medida que for escrevendo para verificar se as ideias estão claras e sequenciais, ou seja, coerentes e coesas.
e) Ao final, verifique se não está faltando alguma informação;

f) Por fim, analise se os conceitos apresentados estão de acordo com a opinião do autor, porque os comentários pessoais são proibidos.

Atividade sobre o gênero Carta Pessoal

Atividade sobre o gênero Carta Pessoal
Leia a carta, a seguir, para responder às questões de 1 a 5.


1) Qual é o assunto da carta que você acabou de ler?


2) Esse é um exemplo de carta pessoal, formal, de apresentação ou do leitor? Justifique sua resposta.


3) A carta pessoal costuma apresentar uma estrutura padrão, composta de local e data, vocativo (nome da pessoa a quem se dirige a carta), texto e assinatura. Na carta em estudo, identifique todos esses elementos e transcreva-os para o quadro a seguir.
LOCAL:

DATA:

VOCATIVO:

DESPEDIDA:

ASSINATURA:

4) Copiar da carta dois exemplos de palavras empregadas em sentido conotativo (figurado)



5) Quanto à variedade de linguagem empregada na carta, responda:
A linguagem é formal ou informal? Por que foi utilizado esse tipo de linguagem? Explique.

Wednesday, May 18, 2016

CARTA PESSOAL: CONCEITO E CARACTERÍSTICAS-COMO FAZER?

ESCOLA ESTADUAL ANTÔNIO THOMAZ FERREIRA DE REZENDE
EJA-EDUCAÇÃO DE JOVENS ADULTOS-ENSINO MÉDIO NOTURNO-LÍNGUA PORTUGUESA-PROF. MÁRDEN
CARTA PESSOAL: CONCEITO E CARACTERÍSTICAS-COMO FAZER?

A Carta Pessoal é um tipo de texto utilizado geralmente entre indivíduos que apresentem certa aproximação (amigos, familiares, etc.). Ainda que seja pouco utilizada atualmente, visto a expansão da tecnologia (e-mail, redes sociais, etc.), há pessoas que preferem escrever no papel (texto manuscrito) e enviar as cartas via correio, pois tem um valor sentimental valorizado. Na prova de redação, algumas universidades estão alterando os gêneros textuais e passaram a exigir a carta pessoal, como a UEM – Universidade Estadual de Maringá, UEPG – Universidade Estadual de Ponta Grossa, e UFPR – Universidade Federal do Paraná, entre outras.
AS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DA CARTA PESSOAL SÃO:
1.     Presença do remetente (locutor) e do destinatário (interlocutor);
2.     Uso de linguagem formal ou informal;
3.     Texto de ordem sentimental e subjetiva;
4.     Quantidade de linhas: aproximadamente 15 linhas;
5.     Texto escritos em primeira pessoa do singular;
6.     Tema livre, como fatos do cotidiano, acontecimentos inusitados, viagens, relacionamentos, etc.

ESTRUTURA DA CARTA PESSOAL
Dependendo da proximidade entre o remetente e o destinatário, as cartas pessoais não seguem uma estrutura padrão. No entanto, vale lembrar que apresenta esta estrutura básica:

1.      Local e Data: são colocados acima de qualquer informação.
2.      Vocativo: o nome do destinatário aparece logo abaixo do local e da data. Pode também ser substituído (ou estar junto ao nome) por expressões de saudações (caro amigo, tia querida, etc.).
3.      Corpo do texto: conta com a introdução, desenvolvimento e conclusão do que se pretende informar.
4.      Despedida: saudações do remetente que podem ser de cunho formal ou informal. Exemplos de despedida: “Mui atenciosamente”; “beijos carinhosos e forte abraço”; Cordialmente; Saudades; etc.
5.      Assinatura: para finalizar a carta, o remetente assina seu nome abaixo das saudações de despedida. Nas cartas pessoais geralmente é escrito somente o primeiro nome.
6. A Sigla "P.S." que apresenta uma informação abaixo de todo o texto, significa pós-escrito ou escrito depois (em latim, Post Scriptum). Trata-se, portanto, de uma observação que o escritor não acrescentou ao corpo de texto e deseja adicionar.
Primeiro exemplo de uma carta pessoal:

Segundo exemplo de uma carta pessoal:

RELATO DE EXPERIÊNCIA-COMO FAZER?

ESCOLA ESTADUAL ANTÔNIO THOMAZ FERREIRA DE REZENDE
EJA-EDUCAÇÃO DE JOVENS ADULTOS-ENSINO MÉDIO NOTURNO-LÍNGUA PORTUGUESA-PROF. MÁRDEN
RELATO DE EXPERIÊNCIA-COMO FAZER?


1) Relato de experiência é feito em 1ª pessoa, de forma subjetiva, detalhada, geralmente com linguagem coloquial (informal). O assunto é abordado de forma a destacar a participação ou o ponto de vista do enunciador (emissor) sobre o que é relatado, ou seja, sobre o fato ocorrido no passado. Por isso, o tempo verbal é o pretérito perfeito.

2) Faz parte dos gêneros pertencentes ao domínio social da memorização e documentação das experiências humanas, situando-as no tempo. Servem de exemplos de gêneros dessa natureza: diários íntimos, diários de viagem, notícias, reportagens, crônicas jornalísticas, relatos históricos, biografias, autobiografias, testemunhos etc.

3) Em seu relato de experiência, fique inteiramente à vontade para fazer a inserção de figuras, gravuras, fotos etc.

PRODUÇÃO TEXTUAL

Faça um relato de experiência vivido por você na sua escola, bairro, cidade, comunidade, igreja, associação, local de trabalho e afins. O texto do relato de experiência deve apresentar de modo claro: sujeitos envolvidos, objetivos, descrição da experiência/ação, resultados obtidos ou esperados e/ou desafios e inquietações. Peça ajuda ao seu educador/educadora e divirta-se!

Primeiro exemplo de um relato de experiência:

MINHA PRIMEIRA PROFESSORA (PAULO FREIRE)
A primeira presença em meu aprendizado escolar que me causou impacto, e causa até hoje, foi uma jovem professorinha. É claro que eu uso esse termo, professorinha, com muito afeto. Chamava-se Eunice Vasconcelos (1909-1977), e foi com ela que eu aprendi a fazer o que ela chamava de "sentenças".
Eu já sabia ler e escrever quando cheguei à escolinha particular de Eunice, aos 6 anos. Era, portanto, a década de 20. Eu havia sido alfabetizado em casa, por minha mãe e meu pai, durante uma infância marcada por dificuldades financeiras, mas também por muita harmonia familiar. Minha alfabetização não me foi nada enfadonha, porque partiu de palavras e frases ligadas à minha experiência, escritas com gravetos no chão de terra do quintal.
Não houve ruptura alguma entre o novo mundo que era a escolinha de Eunice e o mundo das minhas primeiras experiências - o de minha velha casa do Recife, onde nasci, com suas salas, seu terraço, seu quintal cheio de árvores frondosas. A minha alegria de viver, que me marca até hoje, se transferia de casa para a escola, ainda que cada uma tivesse suas características especiais. Isso porque a escola de Eunice não me amedrontava, não tolhia minha curiosidade.
Quando Eunice me ensinou era uma meninota, uma jovenzinha de seus 16, 17 anos. Sem que eu ainda percebesse, ela me fez o primeiro chamamento com relação a uma indiscutível amorosidade que eu tenho hoje, e desde há muito tempo, pelos problemas da linguagem e particularmente os da linguagem brasileira, a chamada língua portuguesa no Brasil. Ela com certeza não me disse, mas é como se tivesse dito a mim, ainda criança pequena: "Paulo, repara bem como é bonita a maneira que a gente tem de falar!..." É como se ela me tivesse chamado.
Eu me entregava com prazer à tarefa de "formar sentenças". Era assim que ela costumava dizer. Eunice me pedia que colocasse numa folha de papel tantas palavras quantas eu conhecesse. Eu ia dando forma às sentenças com essas palavras que eu escolhia e escrevia. Então, Eunice debatia comigo o sentido, a significação de cada uma.
Fui criando naturalmente uma intimidade e um gosto com as ocorrências da língua - os verbos, seus modos, seus tempos... A professorinha só intervinha quando eu me via em dificuldade, mas nunca teve a preocupação de me fazer decorar regras gramaticais.
Mais tarde ficamos amigos. Mantive um contato próximo com ela, sua família, sua irmã Débora, até o golpe de 1964. Eu fui para o exílio e, de lá, me correspondia com Eunice. Tenho impressão de que durante dois anos ou três mandei cartas para ela. Eunice ficava muito contente.
Não se casou. Talvez isso tenha alguma relação com a abnegação, a amorosidade que a gente tem pela docência. E talvez ela tenha agido um pouco como eu: ao fazer a docência o meio da minha vida, eu termino transformando a docência no fim da minha vida.
Eunice foi professora do Estado, se aposentou, levou uma vida bem normal. Depois morreu, em 1977, eu ainda no exílio. Hoje, a presença dela são saudades, são lembranças vivas. Me faz até lembrar daquela música antiga, do Ataulfo Alves: "Ai, que saudade da professorinha, que me ensinou o bê-á-bá' (Paulo Freire, publicado pela Revista Nova Escola em dezembro de 1994).

Segundo exemplo de um relato de experiência: