Elizabeth Barrett Browning : ” Amo-te quanto em largo, alto e profundo”
Em meu entardecer Elizabeth Barrett Browning em poemas traduzidos por Manuel Bandeira. Que boa leitura!
Amo-te quanto em largo, alto e profundo
Minh’ alma alcança quando, transportada,
Sente, alongando os olhos deste mundo,
Os fins do Ser, a Graça entressonhada.
Minh’ alma alcança quando, transportada,
Sente, alongando os olhos deste mundo,
Os fins do Ser, a Graça entressonhada.
Amo-te em cada dia, hora e segundo:
À luz do sol, na noite sossegada.
E é tão pura a paixão de que me inundo
Quanto o pudor dos que não pedem nada.
À luz do sol, na noite sossegada.
E é tão pura a paixão de que me inundo
Quanto o pudor dos que não pedem nada.
Amo-te com o doer das velhas penas;
Com sorrisos, lágrimas de prece,
E a fé da minha infância, ingênua e forte.
Com sorrisos, lágrimas de prece,
E a fé da minha infância, ingênua e forte.
Amo-te até nas coisas mais pequenas.
Por toda a vida. E, assim Deus o quisesse,
Ainda mais te amarei depois da morte.
Por toda a vida. E, assim Deus o quisesse,
Ainda mais te amarei depois da morte.
BANDEIRA, Manuel. ” Poemas Traduzidos – Quatro Sonetos de Elizabeth Barrett Browning (1806-1861) “. In:Antologia Poética. Organização Manuel Bandeira. Coordenação André Seffrin. 6 Ed. Global – 2013. p. 296.
No comments:
Post a Comment